quinta-feira, 7 de abril de 2011

Projeto Cidade Trêm



Venho a anos trabalhando e refletindo sobre a cidade de Jandira, tenho como certo que sues problemas é alem da má administração publica, é fruto de uma lógica maior, uma perversidade do sistema, mescla princípios da especulação imobiliária e interesses de empresas, pessoas influentes e um estado permissivo.Esta lógica é o espírito capitalista e a suprerexploração do trabalho , que cria cidade inteira, com a única finalidade, a do lucro.

Este projeto, que inaugura agora, faz uma relação entre cidade e a relação de trabalho no mundo capitalista, a escolha do trem pois o mesmo é símbolo exploração das classes desfavorecidas. Cria cidades, na maioria das vezes desprovida de urbanidade formada pela lógica do trabalho, é o pendulo da migração urbana. Este transporte traz a lógica histórica, deforma o espaço das grandes metrópoles com grandes conseqüências, é dúbia sua função é o acesso e a exclusão, mais a grande ironia é sua infinita qualidade perante o transporte rodoviário nas grandes cidades.

Dentro desta realidade objetiva, faço um trabalho sobre a relação cultural e artística na Jandira (se houver interesse neste material entre em contato), alem de desenhos, poemas e outros textos que seguem esta linha, que fazem alusão a esta relação.

Poema: Voltei

Voltei Recife! Foi a saudade que me trouxe pelo braço.
Encontro-me sob sol paulistano e banhado pelas águas turvas da corrupção jandirense! Fora do carnaval, surpreendo minha vila, visto a fantasia, saio com o bloco e brinco na rua. Órfão de urbanidade, bebê bebo, bebo mais e pago mais, não perco minhas raízes.
Os malefícios de uma política historicamente estéril são inerentes o mal, mesmo perante a explosão de vida, símbolo do carnaval. O solo que não esquenta povo não permite o milagre da vida e faz porífera erva daninha, arrancais pela raiz tudo que não é do povo, vamos lavar as ruas com gente, deter a imposta indiferença, banir para sempre a individualidade, cantar a política participativa e o fim da miséria, pois tudo é do povo, é a carne quem diz.

César Riello Santos


"se o povo não guardar esta cidade , em vão vigia a sentinela"



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